domingo, 15 de outubro de 2006

MAÇÃS&MEL


POEMA EM PARCERIA



MAÇÃS&MEL






Caminhava a esmo,
procurando luzes luminosas
caídas na madrugada de delírios.
Nesta noite,
mutilado de esperanças te vi...
Eras um misto de maçã escorrida com mel
e a preguiça
de uma pausa musical.


Eras o desejo.


Estrelas feriram os olhos
entre a pausa da maré,
riscando em neon imagens secretas.
Vertigem branca que lava mariscos e lágrimas
onde dançavas nua e rias
da relatividade da orla e suas luzes.
As gavetas do tempo estavam abertas,
todas as questões respondidas
(Em silêncio, Deus dormia).


Esta era a senha...
Deitado na branca página,
abri a boca em desejos
e mordi..
Fina e sutil gota
escorreu.
(Deus morreu..).




Poema em parceria:
** Gaivota **&Tonho França

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3 comentários:

Anônimo disse...

Muitas vezes perdida, procurava em meus caminhos uma luz que me orientasse o destino, mas muitas vezes também nem pude sentir o gosto da esperança... Não havia um mar, muito menos uma gaivota que riscasse meu céu...

Anônimo disse...

A maçã é a fruta do pecado original. O mel é a dádiva dos Deuses. Ambiguidade. Parabéns a ambos. a poesia de vocês impressiona pelo conteúdo e pela forma escrita.

Anônimo disse...

Essa sutileza do "morder e escorrer o mel" é divina e o verso clímax do seu poema, belíssimo, por sinal, como sempre pássaro azul!
Lindo tudo por aqui, é como um espaço no meio do mar ...
bjãoo