quarta-feira, 21 de junho de 2006

POEMA PRA FOLHA..



POEMA PRA FOLHA






Amarela gasta,
eu poderia dizer...
Amarela gasta de histórias!
De balançar na gangorra
pendurada na árvore!


E então, caiu,
chegou a olhos poéticos.
E assim, mostra-se!
Cantando como
menina que sorri.


Pega-me, diz a folha,
abraça seu tempo,
dança e assopra
palavras palavreadas.


Acende a fagulha,
deixa-as em polvorosa.
Criando a festa
dos olhos, de quem as lê!





RJ – 30/05/2006
** Gaivota **


Para Alex Sens, o garoto poeta,

domingo, 18 de junho de 2006

CALOR QUE COMPRIME




CALOR QUE COMPRIME







Uma frase dentro do calor.
Estufa! Calor que comprime.
E ainda a agonia perpassa
a meu lado.


Estirada na inútil e branca pia,
dorme a faca entre estrelas.
Surpreendo-me nessa fronteira...
Meu delírio jorra
no espaço de meu corpo.
Como contê-lo?
Impossível!


Há dias em que a
impossibilidade escreve
em minhas costas...
Há dias em que as possibilidades
me abraçam..
Chego a ter tonteiras
nesse vai e vem.
Sou uma onda
In cessante.






RJ – 14/04/2006
** Gaivota **


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PERFUMES DO QUADRO



PERFUMES DO QUADRO






Abri a caixa,
no doce perfume
de estrelas
macias.


Lábios
tingidos
no quadro
da sala
desejavam-me.


Com olhos
os devorava,
com a boca
sorvia,
com sentidos,
engolia.


Impetuosamente,
atiro-me!
Mergulhando no mar
refletido.
Beber
teu beijo,
lambido
em desejos.






RJ - 03/03/2006

** Gaivota **


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