quinta-feira, 10 de julho de 2008

...GRITO!...




GRITO!


Grito!
Tensão.
Asas mecânicas,
e a louca vontade
de partir.
Lágrimas presas,
enclausuradas,
trancadas,
pisadas,
socadas!


Grito!
Soluço.
No louco coração
ensandecido, desatinado.
Eu grito,
soluço!
No desejo
incoerente,
eu grito,
soluço!

Ferozmente arranco
o sangue em punhaladas.
Eu grito!
Caio na terra,
viro semente!



**Gaitota **


Para Dean, que partiu no grito!


_________________________

3 comentários:

Thiers Rimbaud disse...

Ga, eu amo esse teu poema. Ele tem asas como o carro que levou Dean. O poema corre velozmente. É tenso e aflito. fantastico Ga. Seu mar azul se recolheu aqui...

Olhar de Isa disse...

Foi ao acaso que encontrei teu vôo.
Escreves muito!

Unknown disse...

Gaivota! Eis que perpassando por aqui.. constatei o que realmente
sentia... tudo é muito MÁGICO!
Portanto BELO!.....