UMA ROSA E SEUS OCASOS
**Gaivota**
em toda rotina
aberta a razão
bate a porta que se faz presente
tempero de vestes
alho, sal, pimentas
ocasos de flor agonizante
veludo quase marfim
assentado à palidez rósea
sufocava o vendaval
solene, equilibrada ao caule
bela rosa me veste
na fragilidade do dia
promete temporal
sem hora, sem perfume
sem audição
projeto ou visão
imaginária beleza
intrometida,suave
ocasional
2010
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