domingo, 25 de março de 2007
RASGO PALAVRAS ROUCAS
UM POEMAS DE DUAS AMIGAS
( Em convulsivo ímpeto Bretoniano..)
RASGO PALAVRAS ROUCAS
O vento caía no precipício.
Fundo, fecundo, moribundo...
a queda não foi meramente trágica
sorvia uma beleza ainda inacabada.
A lágrima da ostra rolou.
Pensei..
Por que ferruginosa vara
crava o coração verde luz
deste planeta azul?
Por que a terra seca
rasga palavras roucas
incendiando o
pulmão?
Que paradoxo seria este
Que mostra crueldade
Mas ao mesmo tempo
Grandiosidade.
Incomensurável...
O ar no mel
de abelhas nascido
da flor..
Sou Lâmina fina
que atravessa dor,
refaz-se
e lambe sorrisos
em bico de beija flor.
A brutalidade sorvida pela seiva
Transformando vento em brisa
Tocava perfume e delicadeza
O que um dia disse Breton:
"A beleza deve ser convulsiva - ou não será beleza".
Poema em parceria Ivy Gomide & Michele Sato
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.--.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Excelente !
Parabéns Gaivota por trazer
este poema ao teu espaço .
Abraço brindando as mais belas inspirações ,
virgínia
Maravilhoso este poema! Vivo e luminoso, palpitante como as almas das autoras... Abraços azuis!
Postar um comentário